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A ARTE DE JAQUELINE RAMIREZ: IMPULSIONANDO A ARTE DRAG NO SEU DIA



Ela se chama Jaqueline Ramirez, tem 36 anos e há 11 se descobriu drag. Ela se diz drag quando está montada, para fazer aparições públicas, shows, palestras, entrevistas, etc.. Mas também é drag quando está desmontada, para viver o cotidiano, ensaiar, produzir, afinal nem só de maquiagem vive o artista. Jaqueline diz que ser Drag influencia a sua vida para além dos palcos, do glamour das performances, do calor do público. Drag também a faz sofrer e lhe traz solidão. Por isso, acredita que drag influencia no seu comportamento. Mas como drag também é trabalho, aproveita para destacar o Dia Internacional da Drag Queen, comemorado no último dia 16, para questionar o quanto de fato, estão profissionalizadas na carreira, em termos de Brasil. Durante muitos anos, para existir profissionalmente, a arte drag (outrora transformista) dependeu quase que completamente da cultura da noite, por meio das casas noturnas. Com o declínio das drags nestes espaços, quase não sobrou oportunidades para sobreviver de arte drag como profissão. Em outras palavras, são pouquíssimas as artistas brasileiras que conseguem pagar boletos por meio da arte drag. Embora importantes nomes no cenário nacional tenham trabalhado desde a década de 1970 como grandes artistas, ainda está longe de profissionalizar no sentido de ofício. Não há formação específica e nem DRT específico. Apesar disso, a arte drag exige muitas habilidades, não só performáticas, mas todas aquelas dos bastidores. A maioria das drags é composta por artistas completas. Isso sem contar as inúmeras bilidades que a arte drag traz. Há muita diversidade. Jaqueline completa: “Assim como o teatro há 100 anos não era levado a sério e não estava profissionalizado, estamos vivendo, no Brasil, este momento de transformar nosso campo drag”. Enfatiza que: “o ofício surge da necessidade. E a sociedade necessita da arte drag. Necessitamos de artistas performáticos, de figuras transgressoras, de expressar nossos corpos e nossos gêneros. Drag é necessário, porque é urgente a liberdade de ser quem se é. Drag é a porta-voz per se da cultura LGBTQIA+. Representamos a diversidade. Portanto, é urgente que estejamos cada vez mais profissionalizadas para que possamos sobreviver. Este é o meu desejo neste dia internacional da drag queen”. Instagram: @jaq.ramirez


Fotos cedidas pela artista

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