Perfil do artista
Ele lançou recentemente seu mais recente livro. Com vocês no Perfil do artista, Camilo Irineu Quartarollo.
Nome de batismo: Camilo Irineu Quartarollo Nome artístico: o mesmo Idade: 60 anos Local de nascimento: Piracicaba/SP Peso: 90 KG Altura: 1,70
Apelido: Já tive. Varia conforme a pessoa, chamam-me quartarollo, camilo, o menos usado é Irineu. Qual é sua maior qualidade? Valorizam-me como literato, articulista, a maior qualidade não sei, às vezes, não ter nenhuma qualidade em especial é melhor. E seu maior defeito? Ah, tem muitos. A falta de equilíbrio pode ser um, a falta temperança como dizia meu pai. Qual é a característica mais importante em uma mulher? A feminilidade consciente, a beleza que prescinde ao corpo produzido. E em um homem? Bem, volto a falar de mim, mas acho que é análogo ao da mulher, uma masculinidade consciente, não somente virilidade, a beleza que prescinde (no meu caso) à barriga. O que mais aprecia em seus amigos? A amizade, rsrs, brincadeira, aprecio o caráter, os princípios. Sua atividade favorita é: Escrever, ler, pesquisar. Qual é sua ideia de felicidade? Por si só é incomparável, todo que se compara felicidade de alguém se torna infeliz. Está dentro do equilíbrio que conseguimos, que produzimos. E o que seria a maior das tragédias? Atualmente vejo duas próximas: o aquecimento global e a guerra nuclear; entretanto, vejo pessoas trabalhando pela virtude e usando coisas que seriam ruins para o bem, como cura de doenças e educação pelas redes sociais.
Quem gostaria de ser se não fosse você? Calma, ainda estou sendo eu, mas uma figura que gostaria de me aproximar é meu pai. Qual é sua viagem preferida? Viajo nas ideias, mas gosto de ir a pousadas, lugares tranquilos, praias não. Qual é sua cor predileta? Gosto de todas, do cinza cromático, mas prefiro as alegres, as cores quentes como amarelo, laranja, violeta. Uma flor? Rosa branca
Um animal? Cachorro. E seu prato favorito? Cheio, mas o arroz, feijão, salada, omelete, bife, qualquer coisas caseiras bem feitas me apetecem. Quais são seus autores preferidos? Charles Dickens (no suspense), Ágata Christie (enredo), Machado de Assis (ironia, criatividade), Guimarães Rosa (proximidade do dialeto), Graciliano Ramos (precisão do texto), David Lodge (conhecimento de múltiplo estilos), Ítalo Svevo (um dos meus preferidos com a obra A consciência de
Zeno, ele aproxima o humor da tragédia, e faz uma autobiografia contando suas mazelas).
E seus cantores (as)? Gosto dos caipiras Rolando Boldrin e outros, mas ouço todo tipo de música a começar pela clássica. Seus filmes? A missão, O nome da Rosa. Gosto de filme com boas tramas, alguns feitos das peças de Shakespeare, como O mercador de Veneza e outros. Tanto no teatro como na TV ou cinema gosto de ver a interpretação, a fala, o gesto, o roteiro, os personagens secundários, nem sempre o protagonista. Que superpoder gostaria de ter? O de controlar o tempo e o espaço. O que mais detesta? A falta de diálogo, o desprezo. Se pudesse viajar no tempo, para onde iria? Se pudesse viajar no tempo iria para frente e para trás com um roteiro próprio e malas de viagem com meu nome e senha. Rsrs Como gostaria de morrer? Como gostaria de deixar de viver, né? Ora, sei que não será o fim, pois não escrevi esse roteiro, se souber quem está fazendo me fale, pois quero interagir. Rsrs. Qual é seu atual estado de espírito? De férias, em paz. Que defeito é mais fácil perdoar? O dos estranhos. Qual é o lema de sua vida? Não exatamente lema tenho um, tenho até dilemas. Parece que lema é impor algo, eu creio numa espiritualidade que pode me dar subsídios e bem viver e me realizar por enquanto, o resto a Deus pertence. Momento preferido do dia? Aquele que estou com quem amo. No que pensa quando acorda? Cada dia numa coisa, minhas sinapses funcionam melhor dormindo e, ao acordar, por vezes tenho um tema, um título, um texto feito para passar no computador. Uma mania? Acumular papel. Gasta muito com? Frutas e legumes. Sonho de consumo não realizado? Já realizei quase todos. Lembranças de infância? Vide Crises do filho do meio, livro que lancei em 2013. Em que ocasião mente? Se eu mentir vão perceber pela minha cara, não sei mentir com cinismo, mas minto nas ocasiões por vezes necessárias como no leito de um doente terminal. O primeiro beijo? Não me lembro exatamente, pois o primeiro e mais almejado beijo é feito na fantasia, na adolescência a gente sonha, tem pesadelos, e beija um ser inacessível e quando chega ao toque dos lábios... calor, quente, úmido, mole, ah, o que é, o primeiro beijo prossegue em outros lábios. Uma vaidade? Lançar um livro por uma grande editora, como os grandes autores, em vários idiomas. Talvez após a minha morte, né. Rsrs. Qual é seu maior pecado? Já confessei. Nessas horas é bom ser católico e conhecer algum padre surdo. Entretanto, acho que meu maior pecado é viver demais no meu mundo, ouvir pouco os outros. O que é sagrado para você? Meu trabalho. Do que não gosta no seu corpo? Das dores nas juntas. O que faria com um prêmio de milhões de reais? Acertaria minha vida e buscaria alguma obra social, de periferia para promover, onde me deixassem, pois até para promoção humana tem oposição. Qual foi a maior tristeza de sua vida? Perder meu pai, um divisor de águas, mas também uma retomada na minha vida e autoestima. Um ponto turístico de Piracicaba? Rua do Porto. Uma personalidade de Piracicaba: Personalidades tem Rui Kleiner, Chapéu, Carlos ABC, Cláudio Chirelli, Luzia Stocco, Tony Azevedo e outros. Cito personalidades como entendo. Um fato ocorrido em Piracicaba? Queda do Comurba. Um cantor e uma cantora Piracicabana? Pa Moreno, Antônio Chapéu, Xiquinho do Garapa, Rui Kleiner. Um ator e uma atriz Piracicabana? Antônio Chapéu e Luzia Stocco (vc pediu duas, mas tem muitos bons atores e atrizes) O que falta em Piracicaba? Planejamento estratégico para a área urbana, transporte, vias, como também pronto-socorro mais ágeis. Uma frase de incentivo: “Ajuda, que eu te ajudarei” Seu projeto mais recente é: Foi o livro A ressurreição de Abayomi. Mayra Cristina Camargo apresentou essa boneca, abayomi, num sarau no ponto de Cultura Garapa e essa ideia me tomou a mente. Comecei a pesquisar sobre o tema da escravidão e acho que redescobri valores importantes para mim como brasileiro integrado na História, pois descendentes de europeus vêm para fazer a América, muitos queriam regressar depois de ricos, mas ficamos e assumimos nossa pátria com aqueles que a construíram de fato, indígenas e negros. Fiz uma obra literária no gênero romance, segundo o que pude depreender, baseando- me em fatos históricos, no século XIX do Rio de Janeiro, onde o Brasil começa a se constituir politicamente com suas virtudes e vícios.
FOTO: Página do artista